Práticas Educativas

1. COLCHA DE RETALHOS
A atividade consistiu em pedir aos alunos que trouxessem um retalho de tecido para a primeira aula. Cada um contou a história do processo da aquisição do retalho bem como todas as sensações, emoções, dúvidas que viveram desde o momento em que lhes foi pedido a tarefa até o momento de narrar a experiência.

Em uma outra turma foi predeterminada a medida do retalho, ficando assim a colcha um pouco mais harmônica, mas essa turma epecificamente adquiriu os retalhos das formas mais diversas possíveis como vocês verão no texto elaborado a partir das histórias contadas.


História: a colcha de retalhos
Texto escrito por Senhorinha Gervásio Lourenço Bragança a partir de histórias contadas pelos alunos do Curso de Educação Religiosa - Seminário Teológico Batista Mineiro. 2 o semestre de 2000

Tudo aconteceu no reino encantado dos tecidos coloridos. Uma costureira resolveu fazer uma colcha de retalhos. Eles, porém não combinavam entre si e tinham aparência de sobras. Mas eram retalhos especiais! E o que os tornavam tão especiais não eram os padrões. Eram suas origens diversas e extremamente interessantes.
A costureira começou a juntar os retalhos: um aqui, outro ali... mas por mais que ela tentasse, não conseguia harmonizá-los. Talvez ela devesse fazer outra peça com eles. Outra coisa que não fosse uma colcha. Depois de muito pensar e medir, ela resolveu continuar no seu intento. Aqueles retalhos eram especiais demais para ficarem separados! Cada um tinha sua pequena história. Juntos formavam uma grande e linda história.


O Xadrez estava novinho! Observando - o bem, podia-se dizer que acabara de chegar da loja. Mas na verdade ele havia permanecido um longo tempo no armário escuro, esperando um para quê servir. Comprado sem propósito! Onde já se viu comprar tecido para matar tristeza?
Os manchados com cara de cozinha, vieram das toalhas da mesa de refeições. Providenciados na última hora! E o medo de perder nota! Foram cortados com e sem permissão.
Outro veio do lençol do berço daquele bebê agora já crescido. No dia do cumprimento da tarefa, não teve escolha, o recurso foi sair da nova e confortável posição adquirida de capa de piano.

A frauda , representava a chegada da irmãzinha, filha da velhice dos pais.

Os de corações, rosas e azuis, cheios romantismo se apresentava com cara de quem teve muito amor para dar!


Como esquecer aquele vindo da cortina da pia?! Cúmplice da desarrumação de uma casa em construção! Um retalho com marcas de quem trabalha. Com jeito de perdão. “Quem ousaria pensar que um retalho pudesse resgatar a amizade de dois irmãos”!'

Por tudo isso, a combinação desses retalhos foi perfeita. A colcha, a mais linda de todas. Das que existiram, das que existem e quem sabe das que existirão! Não importa se não combinem as estampas. Não são apenas retalhos costurados uns aos outros. Têm um significado transcendente à materialidade. Transcende a todos os outros significados: de aconchego, de cor, de união. É uma colcha com cheiro com sabor, com sentimentos. É uma colcha que nos faz lembrar infância, música , refeição. Uma colcha inusitada, que nas suas entrelinhas foram costurados: sonhos, amizade e perdão.

2. QUANDO VOCÊ BRILHA
Essa é uma boa pergunta que Afonso Romano responde com a Crônica: ILUMINANDO-SE A SI MESMO.
Essa atividade foi desenvolvida com grupos de alunos em uma oficina de contação de história com os seguintes objetivos:
·Refletir sobre o autoconhecimento
·Expressar sentimentos através da linguagem oral e visual
·Evocar memórias
·Projetar sonhos
Você pode aproveitar essa mesma atividade como dinâmica para integrar a capacitaçao ao crescimento pessoal, podendo assim ser utilizada em: reuniao de alunos, professores, encontro de pais, familia, liderança etc., levando assim os participantes a uma reflexão sobre eles mesmos, elevando sua autoestima, ativando a capacidade de falar de si mesmo, situando-se no contexto como sujeito transformador.
Além de falar sobre o momento em que mais brilha cada aluno expressou de forma visual esse momento usando a técnica de pintura alternativa guache sobre EVA.

Eis o maravilhoso texto deAfonso Romano de Sant'anna
(retirado do jornal Estado de Minas - Domingo 29 de julho de 2001- Caderno Cultura p. 10 )
Em tempos de apagão, só resta cuidar da luz interior. E dou alguns exemplos. A cena foi simples. Ia eu passando de carro pela Lagoa Rodrigo de Freitas, quando vi na calçada uma moça esperando o ônibus com seu jeans e a bolsa a tiracolo. Nada de mais numa moça esperando um ônibus. Mas eis que passou um caminhão de som tocando um forró. Ai aconteceu. Aconteceu uma coisa quase imperceptível, mas aconteceu: os quadris da moça começaram a se mexer num ritmo aliciante. Já não era a mesma criatura antes estática, solitária, esperando o ônibus na calçada. Ela havia se coberto de graça, algo nela se iluminara.
A fotógrafa veio fazer umas fotos. Estava com o pescoço
envolto num pano, pois tinha torcicolo. E eu ali posando
meio frio, fingindo naturalidade, e ela cautelosa com seu
pescoço meio duro, tirando uma foto aqui , outra ali, quase burocraticamente. De repente ela descobriu um ângulo, e pronto: se incendiou profissionalmente, jogou-se no chão,clique daqui, clique dali, vira para cá, para lá, enfim, desabrochou, o pescoço já não lhe doía. Ela havia detonado em si o que mais profundamente ela era.
Estamos numa festa. Aquele bate-papo no meio daquelas comidinhas e bebidinhas. Mas, de repente, alguém insiste para que uma pessoa toque o violão. Aparentemente a contragosto ela pego o instrumento. E começa a dedilhar. Pronto, virou outra pessoa. Manifestou-se. Elevou-se acima dos demais, está além da banalidade de cada um. Achou seu lugar em si mesma um momento de sedução típico de cada um, quando o indivíduo está assentado no que lhe é mais próprio e natural. E isto encanta . Há modos de o corpo de uma pessoa embandeirar-se como se tivesse achado o seu jeito único e melhor de ser. Digo, corpo e alma. Pode ser quando o cantor dá seus agudos invejáveis, o bailarino dá seus saltos, o atleta no campo dispara seus músculos ou quando o instrumentista pega o sax e sexualiza todo o ambiente com seu som cavernoso e erótico. Isto é o que se dá quando um conferencista, um professor entreabre seu discurso e põe-se como uma sereia a seduzir a plateia.
Mas nem todos podemos ser tão espetaculares. Nem por
isso o pequeno acontecimento é menos comovente.
De que estou falando? De algo simples e igualmente tocante. POT exemplo: o jardineiro que ao ser jardineiro é jardineiro como só o bom jardineiro sabe e pode ser. E que ao falar de flores, ao exibi-las cercadas de palavras, percebe-se, ele está em transe.
Feita com amor, uma coleção de selos se magnífica. Se torna mais importante que uma pirâmide, se a pirâmide for descrita ou feita por quem não a ama. E assim que pode entrar alguém na sala e servir um cafezinho, mas, sendo aquele cafezinho onde ela pôs sua alma, ela se toma uma luminosidade rara.
Cada um tem um momento, um gesto, um ato em que se individualiza e brilha. Nisto nos parecemos com os animais e peixes ou, quem sabe, com as nuvens. Animais e peixes têm trejeitos raros e sedutores, cada um segundo sua espécie. Até as nuvens têm o seu momento de glória.
Uma vez, vi um pintor em plena ação, pintando. Meu Deus! O homem era um incêndio só, uma alucinação. Sua respiração disparou, ele praticamente bufava, parecia mais um cavalo de corrida, indômito, indócil. Sua face vibrava, havia febre nos seus gestos, era uma erupção cromática, um assomo de formas e volumes.
Então, é disso que estou falando. Dessa coisa simples e única, quando o que cada um tem de mais seu lampeja a olhos vistos. Quando isto se dá, quebra-se a monotonia e o indivíduo se transcendentaliza.
Pode parecer absurdo , mas vi uma secretária transcendentalizar-se ao disparar seus dedos no teclado da máquina de escrever. E isto é o que importa: o incêndio de cada um. Cada qual deve ter um jeito de deflagrar sua luz aprisionada. As flores fazem isto sem esforço. Igualmente os pássaros. Todos tem um momento de revelação.
É aguardar ou até propiciar que o outro, em alguma hora, vá luminosamente se manifestar.











Trabalhos que foram feitos pelos alunos a partir do texto
Além da expressão visual aconteceu a expressão verbal e escrita em que cada aluno falou sobre a atividade que lhe deixa mais feliz.

SÁBADO CULTURAL

3.1. COLÉGIO BATISTA MINEIRO - UNIDADE NOVA
CONTAGEM - MG
oficinas de arte com materiais alternativos:










- PAPEL RECICLADO (artesanalmente)
- PINTURA
- COLAGEM


FUNDAMENTAÇÃO
Não há como duvidar da importância da Arte no contexto humano, social, e educacional. Querendo ou não, estamos cercados por ela. Quem não é produtor de Arte certamente é seu fruidor ou usufruidor. Alguém desenhou nossa casa, nossos móveis, nossa roupa. Um grande número de profissões estão direta ou indiretamente relacionadas à arte comercial e de propaganda: OUTDOORS, CINEMA. VIDEO,PUBLICAÇÃO DE LIVROS E REVISTAS, PRODUÇÃO DE CDS e DVDs, CENÁRIO PARA TV, DECORAÇÃO, DESIGN PARA MODA E INDÚSTRIA TÊXTIL, ETC. O trabalho com materiais de arte, é de fundamental importância para o desenvolvimento das capacidades de produção-apreciação que constitui a experiência significativa em qualquer área.
Tanto quanto importante é a Arte para o desenvolvimento profissional, o é para o desenvolvimento emocional. Grandes personalidades do campo científico lançaram mão dela para soluções de impasses ligados à saúde integral do homem: corpo, alma , espírito. Através de desenhos, com menos ou mais detalhes pode-se medir a idade mental de uma criança. Através deles descobre-se muito do mundo interior de uma pessoa. A verdade é que "através da criação, a humanidade alivia suas tensões". Seja em que campo e para qual objetivo for, a Arte está presente na vida do ser humano, desde a mais tenra até a mais elevada idade.

JUSTIFICATIVA
A Arte é de suma importância. Quanto mais a pessoa se afirma através da produção artística, mais autoconfiança adquire e mais se descobre, se liberta da dependência dos outros, mais se comunica com os demais . Seduzida pela magia da atividade artística pessoas tímidas, inibidas se surpreendem resolutas e desembaraçadas.

A proposta do projeto é estender a oportunidade da experiência artística, aos familiares dos alunos da escola, se não de uma forma mais completa através da reflexão, analise e interpretação, pelo menos na experiência com o Fazer Artístico.

OBJETIVO GERAL
Oportunizar ao educando a prática com monitorias, de técnicas artísticas aprendidas no campo bi e tridimensional e aos participantes, experiências com o Fazer Artístico.
OBJETIVOS ESPECíFICOS
· Praticar o ensino recebido (alunas).
· Aprender algumas técnicas de pintura e colagem
· Fazer papel a partir da recidagem artesanal.

OFICINAS OFERECIDAS
- PAPEL ARTESANAL (reciclado)


- PINTURA e COLAGEM


PÚBLICO ALVO
Familiares, dos alunos do Sistemas Batista Mineiro de
Ensino - Unidade Nova Contagem e interessados da
comunidade.
Almoço


Reflexão Bíblica

Momento de Cânticos


3.2. WORKSH ARTE & LOUVOR

(Oficinas de reciclagem artesanal)



AREA DE ATUAÇÃO- A arte na Educação Religiosa
A proposta do Workshop Arte & Louvor é

praticar as teorias aprendidas em sala de

aula, numa tarefa de conscientização e

exercício da capacidade do fazer artístico

que todo ser humano possui.
De forma descontraída reforçar a consciência ecológica
através do reaproveitamento de materiais recicláveis
, transformando-os em instrumentos musicais, brinquedos e
caixas para presentes. O participante estará contribuindo em
parte, com a grande tarefa de preservação da natureza.

OBJETIVOS
Proporcionar aos alunos da Disciplina, oportunidade de
praticar algumas teorias em sala de aula
Oportunizar aos inscritos nas diversas oficinas, lazer cultura
e comunhão com Deus e com os outros,
Incentivar os participantes quanto à prática da reciclagem
artesanal e reaproveitamento de materiais
OFICINAS
INSTRUMENTOS MUSICAIS - Crianças
BRINQUEDO DE GARRAFA DESCARTAVEL - crianças


CAIXINHA DE PRESENTE - criançs, Adolescentes, jovens e
adultos.










3.3.SÁBADO CULTURAL - A arte na educação religiosa

2002 em uma das igrejas batistas de BH.












Papel reciclado

Cartões pintados



Pintura caixa longa vida



 Sala de aula

ESPETÁCULO DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E

EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS


Convite - confeccionado em papel reciclado pelos alunos durante o semestre.




Recepção dos convidados- Cada convidado recebeu uma caixa de presente feita pelos alunos durante o semestre, com a técnicas alternativas de gravura  sobre caixa longa vida como suporte. Dentro da caixa continha um texto sobre a importância da reciclagem, uma das histórias produzidas na Disciplina Narrativas Bíblicas (Contação de Histórias) 








Painel coletivo - Trabalho feito a partir do texto "conversa de

corpo" de Priscila Freire.


Exposição de fantoches - produzidos durante o semestre














Agenda semanal para planejar a lição da EBD
Retirado de “O Jornal da EBD”, outubro 2011
Uma publicação da JUERP

O ensino de lições dominicais é um desafio que o professor começa a vencer durante a semana. Muitos professores da EBD, por causa do pouco tempo disponível para e prepararem, acabam improvisando ou trabalhando apenas o conteúdo da lição. Apresentamos, nesta seção, a sugestão de uma agenda para a preparação do professor para a lição dominical, que leva em conta duas coisas: a praticidade e a otimização do tempo.
Domingo anterior (uma semana antes da lição)
· Ler as passagens bíblicas em foco (leituras diárias, texto bíblico da lição e texto áureo);
· Orar pelos membros de sua classe, focalizando suas necessidades, à luz da passagem bíblica estudada;
· Determinar como a lição a ser estudada se encaixa no escopo geral do trimestre e como se relaciona com a lição anterior.
Segunda - feira
· Ler as passagens bíblicas novamente, junto com os comentários da revista do professor;
· Orar pelos membros de sua classe, individual e particularmente, à luz da passagem bíblica estudada.
Terça - feira
· Começar a tecer notas para o plano de aula;
· Checar as sugestões didáticas e os meios de ensino (de acordo com as possibilidades? Contextualizados? Adaptáveis?
· Gastar algum tempo na pesquisa bíblica sobre a passagem, orando por iluminação espiritual e discernimento espiritual;
· Escolher um versículo-chave para memorizar e ser o fio condutor da aula.
Quarta - feira
· Completar o plano de aula, fazendo o ajustes necessários;
·Procurar discutir com a liderança da EBD obre os procedimento e colhidos para a aula e compartilhar os resultado da pesquisa bíblica com os demais professores (seria ótimo que houvesse um encontro semanal de professores na EBD para este fim).
Quinta - feira
· Escolher uma palavra-chave para a lição.
·Usar a concordância bíblica para encontrar outras passagens onde a palavra escolhida aparece.
·Ler a passagem bíblica da lição novamente, à luz dos novos versículo encontrados, fazendo as mudanças necessárias ao plano de aula.
Sexta - feira
· Reunir todo o material didático necessário para o domingo. Certificar-se de que sabe utilizá-los:
· Orar a Deus pedindo sua direção no encontro dominical.
Sábado
· Rever todo o plano de aula para a lição;
· Reler toda a lição, para certificar-se de que cada parte dela está sendo focalizada no plano de aula;
Orar,
Estas ações podem (e devem) ser adaptadas ao tempo disponível da agenda de cada professor, mas, com certeza, constituem uma boa preparação para a lição da EBD.